terça-feira, janeiro 29, 2008

Uma herança sangrenta


Traçadas pelos europeus durante o período colonial, e aceites pela generalidade dos líderes africanos a quando das independências, as fronteiras em África vão continuar a ser por muitos anos a principal razão destes cíclicos banhos da sangue. Povos antigos, verdadeiras nações, foram separados por fronteiras artificiais, enquanto outros foram unidos pela força e pela estupidez humana. Nenhum país do continente está livre disto.



A 50 km de Nairobi membros da tribo Kikuyu queimam propriedades pertencentes à tribo Luo. Photograph: Antony Njuguna/Reuters

O cabaço

Há anos que não ouvia esta palavra. Cabaço. Reencontrei-a agora graças ao meu amigo Mário que me deixou um comentário no post anterior, e lembrou-me que no meu liceu havia uma menina, filha de um ricaço qualquer lá da terra que não a largava nunca nem a deixava namorar com ninguém, coitadinha. Ficou conhecida pelo "cabacinho d'ouro". Mas há outras expressões desse tempo. Há uma então que quase me leva às lágrimas: "Farfalho"... lembram-se? Estou mesmo a pensar em fazer uma recolha de algumas destas expressões tão queridas à minha geração e que entretanto cairam em desuso. Aceitam-se sugestões.

segunda-feira, janeiro 28, 2008

Batota


Finalmente revelado o segredo das setenta mil virgens.

domingo, janeiro 27, 2008

Ontem estava um dia lindo

... e eu felizmente tinha trazido as asas
(clic na imagem)

sexta-feira, janeiro 25, 2008

Bastonadas

quarta-feira, janeiro 23, 2008

Por que sou desarrumado

Porque, quando alguém me arruma as coisas, nunca as encontro.

Notícias de Angola

quinta-feira, janeiro 17, 2008

Perigo!

Algumas instâncias turísticas estão em perigo em Moçambique, e pelos vistos a língua portuguesa também.

quarta-feira, janeiro 16, 2008

este blog faz hoje 4 aninhos


(a prenda que vos deixo é o filminho que se pode ver no post anterior)

Já quase me tinha esquecido

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Já quase me tinha esquecido desta pequena obra prima. Recupero-a agora com uma especial dedicatória para minha amiga Vivian Altman.

terça-feira, janeiro 15, 2008

do outro lado do rio

o cabeçalho do blog mudou.
clic na imagem e veja Maputo do outro lado do rio.

Pancho Guedes



Para os meus amigos do Ferroso vai aqui um cheirinho do que os espera na Páscoa, além da praia e da matapa, claro!
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segunda-feira, janeiro 14, 2008

O carro é lindo foda-se!


Este é o carro mais barato do mundo, o Tata Nano, que além de ser lindo, custa cerca de trezentos contos dos antigos, e quando cada indiano (ou cada chinês) tiver um ainda vai ser mais lindo, pois parece que o bicho, além do bom aspecto e do preço, polui para caramba. Mas não há de ser nada, mais ano menos ano hão de dar uns belos galinheiros.

domingo, janeiro 13, 2008

Para acabar de vez com as desculpas



Uma dica de fim de semana, via Guruzada

Preparados para tudo

quinta-feira, janeiro 10, 2008

Volta Mobutu

Eu, que até deixei de fumar

juro que só por causa destas merdas, ainda hei-de voltar a fumar.

sexta-feira, janeiro 04, 2008

Grau zero

Confesso que nunca me tinha deparado com um tal grau de indigência e abandono.

no Bazar de Maputo

(clicar na imagem para ampliar)
Um dos locais mais estimulantes da cidade, para todos os sentidos.

quinta-feira, janeiro 03, 2008

Afinal parece que sempre assim fomos...

"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio,
fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora,
aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias,
sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice,
pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas.

Um povo em catalepsia ambulante,
não se lembrando nem donde vem,
nem onde está, nem para onde vai.

Um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom,
e guarda ainda na noite da sua inconsciência
como que um lampejo misterioso da alma nacional,
reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta.

Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta ate à medula,
não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha,
sem carácter, havendo homens que, honrados (?) na vida intima,
descambam na vida publica em pantomineiros e sevandijas,
capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira a falsificação,
da violência ao roubo, donde provém que na politica portuguesa sucedam
entre a indiferença geral, escândalos monstruosos,
absolutamente inverosímeis
no Limoeiro (...)

Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo;
este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto
pela abdicação unânime do pais, e exercido ao acaso da herança,
pelo primeiro que sai dum ventre, como da roda duma lotaria.

A justiça ao arbítrio da Politica, torcendo-lhe a vara
ao ponto de fazer dela saca-rolhas;

Dois partidos (...), sem ideias, sem planos, sem convicções,
incapazes (...) vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e
pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao
outro como duas metades do mesmo zero, e não se amalgando e fundindo,
apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento...

"de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar (...)"


Por incrível que pareça, este texto já tem 100 anos!

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